FITORMONIOS!!!!
Hormônios vegetais ou fitormônios consistem
num grupo de substâncias que agem em vários fenômenos do ciclo de vida vegetal,
tais como crescimento, floração, divisão celular, amadurecimento dos frutos e
dormência das gemas.
Dentre os diversos tipos de hormônios
vegetais, merecem destaque as auxinas, primeiros hormônios descobertos nos
vegetais. As auxinas correspondem a um grupo de substâncias que agem no
crescimento das plantas e controlam muitas outras atividades fisiológicas. A
auxina natural do vegetal é o ácido indolilacético (AIA), um composto orgânico
de fórmula C10H9NO2. Além dessas substâncias, existem outras conhecidas como
auxinas sintéticas, que têm ação semelhante ao AIA, como por exemplo, o ácido
indolbutírico e o ácido naftalenoacético.
Os vegetais produzem AIA em muitas regiões
do corpo, principalmente na ponta do caule, folhas jovens e adultas, na ponta
da raiz, frutos e embriões das sementes, mas os maiores centros produtores de
AIA são o ponto vegetativo caulinar e as folhas jovens. O AIA produzido nessas
regiões é transportado para outras partes do vegetal, ajudando na coordenação
do crescimento da planta como um todo.
De um modo geral, as auxinas atuam
aumentando a plasticidade da parede celular, facilitando a distensão da célula,
além de intervir também na multiplicação celular. Porém, essa ação pode se dá
de forma diferente conforme a área do corpo em que se manifestam. No caule, as
auxinas podem ser estimuladoras ou inibidoras da distensão celular; na raiz,
interferem no crescimento; nas folhas, controlam a permanência destas no caule;
nos fruto, estimulam o seu crescimento, bem como sua permanência ou sua queda,
como ocorre nas folhas.
Mas para que haja o crescimento normal dos
vegetais, não basta só a atuação das auxinas, é necessário, ainda, que haja
movimentos de curvatura. Um desses tipos de movimento são os tropismos,
fenômenos de crescimento ou de curvatura feito pelos vegetais, acionados por
meio de sinais hormonais e norteado por um agente excitante, variando de acordo
com a direção de onde vem o agente excitante. Os tropismos podem ser positivos,
quando o vegetal cresce no sentido do estímulo, ou negativo, quando cresce
distanciando-se dos estímulos.
Existem vários tipos de tropismos, no
entanto, são de especial interesse o fototropismo e o geotropismo. O
fototropismo implica na curvatura orientada em relação à luz, em que as auxinas
migram para a parte mais iluminada da planta, provocando um desenvolvimento
mais veloz. Já o geotropismo consiste no crescimento orientado em relação à
força de gravidade, assim, as áreas do caule e da raiz obtêm mais auxinas do
que as demais, o que favorece o crescimento do caule e inibe o crescimento da
raiz.
Em suma, o desenvolvimento vegetal é ditado
pela ação conjunta de auxinas e tropismos. As auxinas sofrem uma redistribuição
dada pelos tropismos e promovem o crescimento das estruturas vegetais.
TECIDOS VEGETAIS
O agrupamento de células vegetais similares
destinadas ao exercício de uma função determinada é chamado de tecido vegetal.
O ramo da biologia que estuda tais tecidos e suas funções é a Histologia vegetal.
Os tecidos vegetais podem ser divididos em
dois grandes grupos: tecidos meristemáticos e tecidos adultos. Os meristemas
são tecidos constituídos por células indiferenciadas e com grande capacidade de
divisão celular (por mitose). Essas células são pequenas, apresentam parede
celular delgada, núcleo volumoso e central e encontram-se justapostas. São,
ainda subdivididos em meristemáticos primários e meristemáticos secundários.
Os primários são provenientes do sistema
embrionário, se localizam no ápice da raiz e do caule e são responsáveis pelo
crescimento longitudinal (em altura) desses órgãos vegetais. São divididos em
protoderme, que dá origem à epiderme; meristema fundamental, que origina os
tecidos fundamentais e o procâmbio, que dá origem aos tecidos vasculares
primários.
Os meristemas secundários estão localizados
no cilindro central do caule e da raiz (câmbio) e na região da casca, do caule
e da raiz (felogênio), são responsáveis pelo crescimento diametral (em
espessura) da raiz e do caule de árvores e arbustos. O câmbio forma células do
líber ou floema para o lado externo, e células do lenho ou xilema para o lado
interno. O felogênio forma súber ou cortiça para o lado externo, e células de
um parênquima chamado feloderma, para o lado interno.
Em decorrência do crescimento e
desenvolvimento da planta, os tecidos meristemáticos passam a se diferenciar
dão origem as tecidos adultos, que apresentam funções mais específicas e são
divididos em:
Tecidos de revestimento: são responsáveis,
principalmente pela proteção do vegetal. Nesse grupo há a epiderme, formada por
células vivas, achatadas, justapostas, que reveste externamente os órgãos da
planta, e além da função de proteção, é responsável pela absorção de água e
sais minerais, excreção, secreção e trocas gasosas. O súber ou cortiça é,
também, um tecido de revestimento, composto de células mortas, infladas e que
apresentam paredes celulares dotadas de suberina (substância graxa) e é
produzido pelo felogênio.
Tecidos de preenchimento, ou parênquimas:
são formados por células vivas, volumosas, com vacúolos grandes e parece
celular pouco espessa. É dividido em parênquimas clorofilados, que possuem
células ricas em cloroplastos; parênquimas de reserva, formado por células de
armazenamento de vários tipos de substâncias; parênquima de preenchimento, que
preenche certas regiões do caule e da raiz; parênquima aquífero, que armazenam
água; parênquimas amilíferos, que armazenam amido e parênquima aerífero, que
armazenam ar.
Tecidos de sustentação: divididos em
colênquima e esclerênquima. O colênquima é composto de células vivas, com
cloroplastos e ocorre em caules verdes e na pecíolo das folhas. A esclerênquima
é formada por células mortas ricas em lignina (substância às vezes presente na
parede celular vegetal, que confere dureza e resistência a ela).
Tecidos de condução (vasculares):
responsáveis pelo transporte das seivas bruta e elaborada. O xilema (ou lenho)
é o tecido especializado em transporte de seiva bruta (água e sais minerais),
formado por células mortas, alongadas e de parede celular lignificada. O floema
(ou líber) tem a função de conduzir a seiva elaborada (água e carboidratos) e é
constituído por células vivas, alongadas, com paredes transversais dotadas de
poros e anucleadas.
Fonte: www.infoescola.com.br