quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Reino Metafita

FITORMONIOS!!!!
Hormônios vegetais ou fitormônios consistem num grupo de substâncias que agem em vários fenômenos do ciclo de vida vegetal, tais como crescimento, floração, divisão celular, amadurecimento dos frutos e dormência das gemas.
Dentre os diversos tipos de hormônios vegetais, merecem destaque as auxinas, primeiros hormônios descobertos nos vegetais. As auxinas correspondem a um grupo de substâncias que agem no crescimento das plantas e controlam muitas outras atividades fisiológicas. A auxina natural do vegetal é o ácido indolilacético (AIA), um composto orgânico de fórmula C10H9NO2. Além dessas substâncias, existem outras conhecidas como auxinas sintéticas, que têm ação semelhante ao AIA, como por exemplo, o ácido indolbutírico e o ácido naftalenoacético.
Os vegetais produzem AIA em muitas regiões do corpo, principalmente na ponta do caule, folhas jovens e adultas, na ponta da raiz, frutos e embriões das sementes, mas os maiores centros produtores de AIA são o ponto vegetativo caulinar e as folhas jovens. O AIA produzido nessas regiões é transportado para outras partes do vegetal, ajudando na coordenação do crescimento da planta como um todo.
De um modo geral, as auxinas atuam aumentando a plasticidade da parede celular, facilitando a distensão da célula, além de intervir também na multiplicação celular. Porém, essa ação pode se dá de forma diferente conforme a área do corpo em que se manifestam. No caule, as auxinas podem ser estimuladoras ou inibidoras da distensão celular; na raiz, interferem no crescimento; nas folhas, controlam a permanência destas no caule; nos fruto, estimulam o seu crescimento, bem como sua permanência ou sua queda, como ocorre nas folhas.
Mas para que haja o crescimento normal dos vegetais, não basta só a atuação das auxinas, é necessário, ainda, que haja movimentos de curvatura. Um desses tipos de movimento são os tropismos, fenômenos de crescimento ou de curvatura feito pelos vegetais, acionados por meio de sinais hormonais e norteado por um agente excitante, variando de acordo com a direção de onde vem o agente excitante. Os tropismos podem ser positivos, quando o vegetal cresce no sentido do estímulo, ou negativo, quando cresce distanciando-se dos estímulos.
Existem vários tipos de tropismos, no entanto, são de especial interesse o fototropismo e o geotropismo. O fototropismo implica na curvatura orientada em relação à luz, em que as auxinas migram para a parte mais iluminada da planta, provocando um desenvolvimento mais veloz. Já o geotropismo consiste no crescimento orientado em relação à força de gravidade, assim, as áreas do caule e da raiz obtêm mais auxinas do que as demais, o que favorece o crescimento do caule e inibe o crescimento da raiz.
Em suma, o desenvolvimento vegetal é ditado pela ação conjunta de auxinas e tropismos. As auxinas sofrem uma redistribuição dada pelos tropismos e promovem o crescimento das estruturas vegetais.


TECIDOS VEGETAIS
O agrupamento de células vegetais similares destinadas ao exercício de uma função determinada é chamado de tecido vegetal. O ramo da biologia que estuda tais tecidos e suas funções é a Histologia vegetal.
Os tecidos vegetais podem ser divididos em dois grandes grupos: tecidos meristemáticos e tecidos adultos. Os meristemas são tecidos constituídos por células indiferenciadas e com grande capacidade de divisão celular (por mitose). Essas células são pequenas, apresentam parede celular delgada, núcleo volumoso e central e encontram-se justapostas. São, ainda subdivididos em meristemáticos primários e meristemáticos secundários.
Os primários são provenientes do sistema embrionário, se localizam no ápice da raiz e do caule e são responsáveis pelo crescimento longitudinal (em altura) desses órgãos vegetais. São divididos em protoderme, que dá origem à epiderme; meristema fundamental, que origina os tecidos fundamentais e o procâmbio, que dá origem aos tecidos vasculares primários.
Os meristemas secundários estão localizados no cilindro central do caule e da raiz (câmbio) e na região da casca, do caule e da raiz (felogênio), são responsáveis pelo crescimento diametral (em espessura) da raiz e do caule de árvores e arbustos. O câmbio forma células do líber ou floema para o lado externo, e células do lenho ou xilema para o lado interno. O felogênio forma súber ou cortiça para o lado externo, e células de um parênquima chamado feloderma, para o lado interno.

Em decorrência do crescimento e desenvolvimento da planta, os tecidos meristemáticos passam a se diferenciar dão origem as tecidos adultos, que apresentam funções mais específicas e são divididos em:
Tecidos de revestimento: são responsáveis, principalmente pela proteção do vegetal. Nesse grupo há a epiderme, formada por células vivas, achatadas, justapostas, que reveste externamente os órgãos da planta, e além da função de proteção, é responsável pela absorção de água e sais minerais, excreção, secreção e trocas gasosas. O súber ou cortiça é, também, um tecido de revestimento, composto de células mortas, infladas e que apresentam paredes celulares dotadas de suberina (substância graxa) e é produzido pelo felogênio.
Tecidos de preenchimento, ou parênquimas: são formados por células vivas, volumosas, com vacúolos grandes e parece celular pouco espessa. É dividido em parênquimas clorofilados, que possuem células ricas em cloroplastos; parênquimas de reserva, formado por células de armazenamento de vários tipos de substâncias; parênquima de preenchimento, que preenche certas regiões do caule e da raiz; parênquima aquífero, que armazenam água; parênquimas amilíferos, que armazenam amido e parênquima aerífero, que armazenam ar.
Tecidos de sustentação: divididos em colênquima e esclerênquima. O colênquima é composto de células vivas, com cloroplastos e ocorre em caules verdes e na pecíolo das folhas. A esclerênquima é formada por células mortas ricas em lignina (substância às vezes presente na parede celular vegetal, que confere dureza e resistência a ela).
Tecidos de condução (vasculares): responsáveis pelo transporte das seivas bruta e elaborada. O xilema (ou lenho) é o tecido especializado em transporte de seiva bruta (água e sais minerais), formado por células mortas, alongadas e de parede celular lignificada. O floema (ou líber) tem a função de conduzir a seiva elaborada (água e carboidratos) e é constituído por células vivas, alongadas, com paredes transversais dotadas de poros e anucleadas.



 Fonte: www.infoescola.com.br

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